segunda-feira, 17 de outubro de 2011

VELHARIA

Na velharia meu povo sempre é pior que robô:
não sabe o que perde e crê não ter nada a perder.
Na velharia de sempre a lata de sardinha coletiva corre.


Não percebo se é burrice ou falta de cidadania,
mas ambas podem ser da mesma significância, não?

Na velharia de sempre,
alguém crê no futuro... que futuro? Já sou passado e não vi futuro algum.

Na velharia de sempre meu pobre povo burro segue.
É burro sim, não adianta o contrário.

É burro porque vejo a estupidez todos os dias na porta fechando do metrô e a ignorância querendo entrar,
na humilhação do coletivo das 18 que ninguém para pra protestar,
no aumento horrível do cifrão que o burro paga e acha bonito.

na velharia de sempre, na velharia do dia, cada dia mais me enraízo nesta estupidez, faço mais parte desta ignorância e cada dia mais sou minoria.

Meu grito abafa na multidão ignorante. Torno-me parte da minoria que quer gritar e que tem a voz abafada pela corrupção.