quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Ela e a Noite

Como noite serena ela chegou.

Não veio como chuva torrencial,


como paixão avassaladora,


que chega, destrói e vai embora.





Chegou como fim de tarde


quando os olhos percebem a vinda da noite.





Assim ela adentrou em meu coração.





O fim da tarde troca o cenário


do céu da cidade.


A escuridão do verão chega de mansinho


e assim ela chegou.





A noite escurece o mundo devagarinho,


muda mansamente a lua bela.


E bela como a lua,


tão bela quanto a lua,


ali estava ela.





Primeiro meus olhos a avistaram,


após,


pisou mansinho em meu coração.


Virou afeto, virou carinho, virou amor.





A noite chegou


e mostrou-se noite


com toda sua beleza e seu esplendor.


Com todo seu mistério, seu terror,


sua sensualidade,


gosto de sexo, glória e louvor.





Assim ela chegou.





Instalou-se em meu coração


com todo seu bem,


todo seu mal.


Se auto chamou de noite


nas ruas e tortura


de meu sentimento de amor.





como a noite se instala assim em mim,


se instalou.





Não acredita em meu amor,


não acredita em nada que sou.





Como noite, noite ficou.





E eu, uma alma da boemia chorosa,


por ela chorei de amor.












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