Não veio como chuva torrencial,
como paixão avassaladora,
que chega, destrói e vai embora.
Chegou como fim de tarde
quando os olhos percebem a vinda da noite.
Assim ela adentrou em meu coração.
O fim da tarde troca o cenário
do céu da cidade.
A escuridão do verão chega de mansinho
e assim ela chegou.
A noite escurece o mundo devagarinho,
muda mansamente a lua bela.
E bela como a lua,
tão bela quanto a lua,
ali estava ela.
Primeiro meus olhos a avistaram,
após,
pisou mansinho em meu coração.
Virou afeto, virou carinho, virou amor.
A noite chegou
e mostrou-se noite
com toda sua beleza e seu esplendor.
Com todo seu mistério, seu terror,
sua sensualidade,
gosto de sexo, glória e louvor.
Assim ela chegou.
Instalou-se em meu coração
com todo seu bem,
todo seu mal.
Se auto chamou de noite
nas ruas e tortura
de meu sentimento de amor.
como a noite se instala assim em mim,
se instalou.
Não acredita em meu amor,
não acredita em nada que sou.
Como noite, noite ficou.
E eu, uma alma da boemia chorosa,
por ela chorei de amor.
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