terça-feira, 9 de agosto de 2011

Olhos Torturantes

Por onde andam seus olhos,
nas misturas de minhas confusões?
Meu ser que hoje é disperso
corre mais que o tempo real.
Seus olhos sorriem carinho,
meus olhos não querem sorrir, vão fugir e fugindo vão.
Cantam outros cantos minhas cordas,
olham com outros olhos minha arte interior.
E fogem!
Fogem dos encantos,
do feitiço,
do luar.
Seus olhos que não querem,
encantam meus batuques desconexos.
A solidão é agora amante de minh’alma de poeta.
Cúmplice de minha essência artística quando dança o Universo.
Seus olhos ternos de brandura,
olhos serenos que escondem o sofrível,
que buscam o impossível e sonham o intangível.
Brincam comigo numa oficina de brinquedos velhos.
Olham comigo o inimaginável.
É lua cheia e seus olhos não entendem.
Não entendem o quanto quero e só quero.
Refugio,
meus olhos vão para a lua e ouvidos ouvem o uivo da loba,
na mata,
na rua.
Seus olhos,
eu finjo,
que o sofrimento não não é comigo.


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