sábado, 6 de agosto de 2011

VI

Vi casas sendo reformadas
e gente andando em meio ao trânsito.
A música corria alta em meus ouvidos
e o sol brincava em nossa selva de pedra
que a cada dia mais pedra de selva, de selva empedrada, é.

O caos da manhã,
o mundo acordando,
o sol raiando tarde.

Vi mais um dia do universo em movimento
e um gato na janela de um terceiro andar
brincando com um pássaro na liberdade desta cidade
que me faz prisioneira de sua morada.

Vi poemas em cada pedaço desta cidade
com incidentes e acidentes de sua velha idade
nos túneis do tempo das ruas de sua eterna mocidade.

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